Você conhece o ECHELON?

Não, não é nenhum filho de chinês com nome esquisito de novo...

Vou explicar por que eu quis fazer esse post.

China e EUA nos últimos dias, tem trocado acusações sobre supostas espionagens, em ambos os lados. A Alemanha também havia reclamados dos orientais. Claro que tudo mundo negou, dizendo "não fui eu".


Bem, lendo todo esse dize que me dize, me lembrei do Echelon, o que é?

É um projeto de monitoramento das telecomunicações mundiais, como internet, faz e telefone, encabeçado pelos Estados Unidos e seguido por países como Inglaterra, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

O projeto nunca fui bem explicado (lógico!) e sempre foi algo de suspeitas neste sentido, além de algumas evidências. Por exemplo, no final de Janeiro de 2006, a Electronic Frontier Foundation, uma entidade ligada à defesa das liberdades no mundo digital, iniciou uma ação judicial contra a operadora de telefonia estadunidense AT&T devido a uma suposta colaboração com o Echelon.

O Echelon nasceu no tempo da Guerra Fria, lá pelos anos 70/80, com um acordo chamado Ukusa, que previa o rastreamento de informações via satélite.

Talvez você não saiba, mas tudo o que você fala pelo telefone ou transmite pela Internet (inclusive este post) e pelo fax, é controla­do, em tempo integral, via satélite, pelo Sistema Echelon, uma sofisticada máquina cibernética de espionagem, cria­da e mantida pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos. Resumindo: um grande sniffer mundial.

O rastreamento seria realizado através de dicionários, que conteriam termos "interessantes" a estas nações, como por exemplo Fidel Castro, Saddam Hussein (será que ainda?) e Hugo Chávez e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST. Incluem, também, expressões como terrorismo, guerrilha, narcotráfico e ajuda ao Terceiro Mundo. A existência destes dicionários só tornou-se possível graças à colaboração de ex-agentes — sobretudo australianos e neo-zelandeses — com pesquisadores liga­dos a ONGs defensoras das liberdades públicas e do direi­to à privacidade. Os megacomputadores da NSA são capazes de reco­nhecer automaticamente a identidade dos interlocutores, numa conversação telefônica.

O código do Echelon também inclui cifras-chave. 5.535 representa as comunicações diplomáticas japonesas; 8.182 indica a troca de tecnologias criptográficas. Os documentos resultantes das pesquisas recebem símbolos distintivos: Moray (secreto), Spoke (ul­tra-secreto), Gamma (interceptação de comunicações rus­sas, mesmo no pós-Guerra Fria). O Echelon também poderia estar sendo utilizado a favor de diversas companhias, que praticam espionagem industrial. Exemplos conhecidos são:

- Enercon, empresa Alemã que desenvolve tecnologia relacionada com turbinas eólicas;
- Lernout & Hauspie empresa Belga, abriu falencia depois de se saber da existência de uma contabilidade paralela. Foi comprada em Dezembro de 2001 pela Nuance Communications;
-Airbus versus Boeing em 1994. Contrato de 6 mil milhões de dólares com a Arábia Saudita. Revelação de suborno do consórcio europeu Airbus. Método utilizado, "(...) de escuta de faxes e telefonemas entre o consórcio europeu Airbus, a companhia aérea e o Governo sauditas sobre satélites de comunicações. A McDonnel-Douglas, concorrente norte-americana da Airbus, conclui o negócio". (pag.107 do relatório elaborado pelo PE).

O Brasil também já provou do gostinho do "megasniffer". Por meio da rede, o governo norte-americano inter­ceptou as negociações entre o governo FHC, no primeiro mandato, e a empresa francesa Thomson, para a compra dos equipamentos de vigilância da Amazônia, através do Sivam. Com base nos dados coletados, a Casa Branca e o com­plexo industrial estadunidense conseguiram derrubar Thomson e, finalmente, a empresa norte-americana Raytheon acabou ganhando a concorrência internacional. Aqui, temos uma figura que demonstra como a estrutura estaria espalhada, e nesta página algumas informções.

Qualquer hora dessas o TECNOCULT fecha...falando da Globo e do ECHELON na mesma semana...

Referência: Wikipédia